sábado, 11 de setembro de 2010

só se tenta quando se substima .

o meu reggae é a melhor companhia para estes dias em que parece que tudo acontece, e que o dia nunca mais acaba. nestes dias refugio-me nos “bobs” e nos medicamentos. quanto mais cedo adormecer, mais cedo deixo de pensar e de sentir. depois, fico entregue aos meus sonhos, e espero que eles não me desiludam.
e os jogos de cintura, a que todos vós estais habituados, não servem para mim e não me deixam satisfeita. eu sou assim, sou ambiciosa, e quero sempre alcançar mais a nível pessoal. não são meros “jogos” que me deixam como eu desejo.
eu quando vou, vou até ao fim. e não me tentem parar, se houver mudanças, com certeza não serão as melhores.

para todas as mãe que não sabem lidar com os filhos !

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


we are big kids , and we like fun !

domingo, 29 de agosto de 2010

um desejo. 10


o meu desejo para aquela noite? que a noite mudasse para eu conseguir sorrir de felicidade, e não forçadamente. pois eu nessa noite só sorri de ansiedade, sorri de medo, sorri de tudo menos do que o que eu queria! e quando a noite mudou, eu não consegui sorrir. Mesmo estando nos teus braços, não consegui sorrir. porque não mudou para muito melhor. eu via a preocupação nos olhos de todos, não eram só nos teus.  
e quando quiseste ser tu a mudar a minha noite, não conseguiste. porque aí eu desejei sair daquele filme, e entrar num bem melhor onde não houvesse tanta coisa. tanta coisa que a minha cabeça transportava! e mais uma vez, eu mudei a minha noite!
só que quando regressei, o arrependimento de me ter afastado por uns minutos não se escondeu. porque eu transformei a nossa noite … aliás, eu não. foste tu, tu transformaste a nossa noite, a nossa noite que estava a ser perfeita para nós, na noite de outra pessoa. e assim, silenciosamente partiste-me o coração, mesmo eu não querendo saber.
e sempre o farás, porque sempre serás igual! nunca irás mudar, nem que tentes. nunca.
e eu? vou desejar nunca mais pedir desejos. para que as coisas não mudem tanto, numa só noite. na noite que iria ser perfeita, para nós.

//  Depois de uma longa noite, sem sono e sem vontade de dormir, js.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

um dia eu vou perceber porque são egoístas as pessoas. vou perceber porque é que as pessoas magoadas tendem a magoar. porque é que o amor já não sabe ser verdadeiro. porque é que temos de procurar tanto para encontrar pessoas verdadeiras. eu também achava que tinha muitos amigos e amigas. mas afinal o que tenho são conhecidos, meros conhecidos. aliás, desses tantos conhecidos tenho 2 ou 3 verdadeiros, e já desperdicei muitos mais. “um dia paro, e dou o devido valor a cada pessoa, e a cada coisa”. acredita que já disse isto, milhares de vezes. gostava de não receber chapadas por favor, posso? e já que estou numa de pedidos, também quero que ninguém me foda a cabeça. quero ter uma casa nova e viver com pessoas novas. se eu vir bem, quero recomeçar. mas quero manter algumas pessoas, só quero recomeçar as relações que tenho com elas. essas são quem eu mais amo, mesmo ainda não tendo descoberto. são quem eu quero. e eu quero a felicidade de poder recomeçar. reforço a ideia que não quero recomeçar do 0, do 0 não. quero saber o que sei agora. e eu não estou nada bem, são 4:22h da mañana e eu estou sentada num banco duro de madeira a escrever isto. ao ponto que eu cheguei, meu deus. mas que se lixe, o vento a esta hora sabe bem melhor do que noutra qualquer ! e um dia ganho coragem para vos dizer a todos que vos amo, bem lá do fundo do meu coração. e que a ju doce ainda cá está, está atrás da barreira que vocês contríbuiram para a sua existência. ninguém tem culpa de nada, ou talvez tenham.  
                   se calhar, todos temos !
// juuliána s.

sábado, 24 de julho de 2010

Quem passou pela vida em branca nuvem,
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.

 Ilusões da Vida - Francisco Otaviano

sexta-feira, 2 de julho de 2010

nunca mais se vão escrever textos lindos como este ! homenageio-te, à minha maneira .

"Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos.
O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.
Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.
O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso."

 "O Sorriso" de José Saramago.

domingo, 25 de abril de 2010

mas eu amo-te .

- e era tudo novo para mim. era como estar numa praia, e eu sabia que não podia ir a pé para casa. e tu sabias que, se estivesses à minha espera, lá ao fundo, lá ao longe, sabias que eu correria tudo para lá ir. e se estivesses à minha espera, eu iria ser a rapariga mais feliz daquela praia.
eu sentia essa necessidade, de te encontrar ao fundo da praia. porque se te encontrasse, tudo na minha visão mudava. e eu já tive essa visão antes, e senti-me muito feliz, durante umas horas. foram 2. ou 3. mas senti ! e não há nada melhor do que abrir os olhos e ver-te a ti. e ver-te olhar para mim.
mas a minha visão, mais uma vez, foi mudada. é como se alguém viesse e a mudasse. e a confiança de que aquelas horas tinham sido lindas, muda. mas eu gosto de as relembrar, porque me senti muito melhor.
tenho saudades, e o teu cheiro não desaparece. mas as saudades são como alucinações. 
eu tenho saudades de te dar a mão e de te beijar, mas não tenho saudades do que via quando não éramos nós. só que não sei de qual eu preferia ter.
vamos sair da praia. não há sacos-cama e está a escurecer. e eu não quero que escureça contigo aqui. vamos sair antes que seja tarde de mais. quero encontrar a saída e só voltar daqui a muito tempo, e com outra pessoa. quero que seja loiro de preferência. se não poder ser, que tenha um sorriso lindo, para o fazer sorrir o dia todo, e sorrir também. e o sol nunca desaparecerá.