domingo, 25 de abril de 2010

mas eu amo-te .

- e era tudo novo para mim. era como estar numa praia, e eu sabia que não podia ir a pé para casa. e tu sabias que, se estivesses à minha espera, lá ao fundo, lá ao longe, sabias que eu correria tudo para lá ir. e se estivesses à minha espera, eu iria ser a rapariga mais feliz daquela praia.
eu sentia essa necessidade, de te encontrar ao fundo da praia. porque se te encontrasse, tudo na minha visão mudava. e eu já tive essa visão antes, e senti-me muito feliz, durante umas horas. foram 2. ou 3. mas senti ! e não há nada melhor do que abrir os olhos e ver-te a ti. e ver-te olhar para mim.
mas a minha visão, mais uma vez, foi mudada. é como se alguém viesse e a mudasse. e a confiança de que aquelas horas tinham sido lindas, muda. mas eu gosto de as relembrar, porque me senti muito melhor.
tenho saudades, e o teu cheiro não desaparece. mas as saudades são como alucinações. 
eu tenho saudades de te dar a mão e de te beijar, mas não tenho saudades do que via quando não éramos nós. só que não sei de qual eu preferia ter.
vamos sair da praia. não há sacos-cama e está a escurecer. e eu não quero que escureça contigo aqui. vamos sair antes que seja tarde de mais. quero encontrar a saída e só voltar daqui a muito tempo, e com outra pessoa. quero que seja loiro de preferência. se não poder ser, que tenha um sorriso lindo, para o fazer sorrir o dia todo, e sorrir também. e o sol nunca desaparecerá.

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